A Pirâmide de Aprendizagem de William Glasser

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Atualizado em: 17/10/2024

A pirâmide de aprendizagem é uma das teorias mais fascinantes e práticas no campo da educação. Desenvolvida pelo psiquiatra americano William Glasser, essa teoria oferece uma visão revolucionária sobre como o aprendizado acontece e como podemos melhorar a retenção do conteúdo.

Ao entender os princípios por trás dessa pirâmide, você será capaz de transformar a maneira como ensina e aprende, seja no ambiente educacional ou corporativo. Exploraremos a fundo a pirâmide de Glasser, destacando sua importância e aplicações práticas.

O que é a Pirâmide de Aprendizagem de William Glasser?

A pirâmide de aprendizagem de William Glasser é uma teoria que explica a forma como o aprendizado acontece, baseada em diferentes métodos de ensino e nas porcentagens de retenção de conhecimento que cada um oferece. Glasser desenvolveu essa teoria para ilustrar que o grau de aprendizado aumenta conforme o envolvimento ativo do aluno no processo de aprendizagem.

Na base da pirâmide, encontramos métodos mais passivos, como a leitura e a escuta, que resultam em baixos níveis de retenção. Conforme subimos na pirâmide, atividades mais interativas, como discussões em grupo e ensinar a outros, são mais eficazes, proporcionando uma retenção muito maior.

Essa teoria revolucionou a educação ao sugerir que métodos de aprendizagem ativas são fundamentais para a assimilação de conteúdo.

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Quem foi William Glasser e qual é a sua relevância no aprendizado ?

William Glasser foi um psiquiatra americano (1925-2013) e uma figura influente no campo da educação e da saúde mental. Ele é o criador da pirâmide de aprendizagem e desenvolveu a teoria da escolha, que enfatiza a responsabilidade pessoal e o controle sobre o próprio comportamento. Glasser foi além dos métodos tradicionais de ensino, questionando a eficácia de sistemas educacionais baseados na memorização e passividade dos estudantes.

William Glasser
William Glasser

Através de suas pesquisas e práticas, Glasser explica que o processo de aprendizado deve ser dinâmico e ativo, e que a retenção do conhecimento aumenta significativamente quando o aluno participa ativamente. Ele é reconhecido por suas contribuições à psicologia educacional, desafiando os métodos científicos adotados na pesquisa sobre memorização passiva e propondo uma nova abordagem centrada na prática ativa.

Como funciona a pirâmide de aprendizagem no ambiente corporativo?

No ambiente corporativo, a pirâmide de aprendizagem de William Glasser se torna uma ferramenta poderosa para o treinamento e desenvolvimento de equipes. Empresas que aplicam esses conceitos nos treinamentos percebem que a retenção do conteúdo é muito maior quando os funcionários participam ativamente do processo de aprendizagem, em vez de simplesmente absorver informações de forma passiva.

Atividades como workshops práticos, discussões em grupo e simulações de situações reais são formas eficazes de aplicar a pirâmide de aprendizagem no ambiente corporativo. Ao estimular a interação e a prática, as empresas conseguem aumentar a retenção do conhecimento e, consequentemente, melhorar o desempenho dos colaboradores.

Qual a importância da pirâmide de aprendizado na educação corporativa?

A educação corporativa tradicionalmente dependia de palestras e treinamentos passivos. No entanto, a pirâmide de William Glasser demonstra que essas formas de ensino resultam em baixa retenção. Isso significa que, embora os funcionários possam receber muitas informações, pouca parte delas será realmente assimilada e aplicada no dia a dia.

A importância da pirâmide de aprendizagem na educação corporativa está em sua capacidade de criar treinamentos mais eficazes, onde os participantes se envolvem de maneira prática e ativa. Isso não só ajuda a fixar o conteúdo, mas também aumenta a motivação dos colaboradores, que se tornam protagonistas do seu próprio processo de aprendizado.

Quais são os métodos de aprendizagem ativa propostos por William Glasser?

Glasser foi um grande defensor dos métodos de aprendizagem ativas, aqueles que colocam o aluno no centro do processo de aprendizagem. Entre esses métodos, podemos destacar o ensino a outras pessoas, as discussões em grupo e a aplicação prática do que foi aprendido. Esses métodos são considerados altamente eficazes para garantir a retenção do conhecimento.

Segundo a pirâmide de aprendizagem de Glasser, ensinar um conteúdo a alguém é a melhor forma de aprender, pois o aluno precisa consolidar a informação antes de repassá-la. Esse método não só aumenta a retenção, mas também reforça o entendimento profundo do conteúdo.

O conceito de retenção na pirâmide de William Glasser

O conceito de retenção é central na pirâmide da aprendizagem. Ele se refere à porcentagem de conhecimento que um aluno consegue reter após ser exposto a diferentes métodos de ensino. Na base da pirâmide, encontramos métodos de retenção mais baixos, como leitura (10%) e escuta (20%), enquanto, no topo, atividades como ensinar a outros (90%) garantem a maior retenção.

Esse conceito é fundamental para qualquer processo educacional, pois ajuda a identificar quais métodos de ensino são mais eficazes para promover a assimilação de conteúdo a longo prazo.

Como aplicar a pirâmide de aprendizagem em sala de aula?

Para aplicar a pirâmide de aprendizagem em sala de aula, é essencial adotar métodos de ensino que envolvam ativamente os alunos. Atividades como debates, trabalhos em grupo e a prática de ensinar o que foi aprendido são formas de implementar os níveis mais altos da pirâmide.

O professor é um guia nesse processo, estimulando os alunos a pensarem e se dedicarem a participar ativamente. Ao substituir métodos passivos por abordagens que promovem o protagonismo dos estudantes, é possível observar uma melhora significativa na retenção de conhecimento e no crescimento dos estudantes.

Quais são as porcentagens de retenção em cada nível da pirâmide?

A pirâmide de William Glasser estabelece diferentes porcentagens de retenção para cada método de ensino. Aqui estão as porcentagens mais comuns:

  • Leitura: 10%
  • Escuta: 20%
  • Audiovisual: 30%
  • Discussões em grupo: 50%
  • Prática de atividades: 75%
  • Ensinar a outros: 90%

Esses números destacam a importância de envolver os alunos em atividades mais dinâmicas e participativas, promovendo a retenção de informações de maneira mais eficaz.

A pirâmide de aprendizagem e o protagonismo do aluno

Um dos grandes méritos da pirâmide de aprendizagem é a ênfase no protagonismo do aluno. De acordo com essa teoria, o estudante é o principal responsável pelo seu processo de aprendizado. Ao participar ativamente, ele não só retém mais informações, mas também se sente mais motivado e engajado.

Esse protagonismo transforma o ambiente de ensino, permitindo que os alunos desenvolvam habilidades críticas e assumam o controle sobre seu próprio desenvolvimento educacional.

A pirâmide da aprendizagem: base científica e críticas

Embora a pirâmide da aprendizagem seja amplamente utilizada e respeitada, ela também é alvo de críticas, especialmente no que diz respeito à sua base científica. Alguns pesquisadores questionam os métodos científicos adotados na pesquisa que embasaram a pirâmide, alegando que as porcentagens de retenção podem não ter sido definidas com precisão científica.

No entanto, apesar dessas críticas, a teoria da pirâmide de aprendizagem continua a ser uma ferramenta para professores, educadores e profissionais do ambiente corporativo. Ela oferece um guia prático para melhorar o processo de aprendizado e aumentar a retenção de informações.

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